quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

CULTURA

Cordel de Gonzaga de Garanhuns canta a vitória de Lula
Mal terminou a contagem dos votos e o poeta popular Gonzaga de Garanhuns, autor de quase duzentos livretos de cordel, lançou "A Vitória de Lula - o matuto que conquistou o Brasil", obra que celebra a conquista do petista no último dia 27. Gonzaga narra a história do presidente eleito desde o nascimento, no sítio Várzea Comprida, em Caetés, até a ascenção ao Palácio do Planato, passando pela viagem a São Paulo, a filiação ao Sindicato dos Metalúrgicos, a fundação do PT e a consagração nas urnas contra José Serra.
Nem mesmo os pais de Luiz Inácio, Eurídes Ferreira, a dona Lindu, e Aristides Ferreira de Melo foram esquecidos nos versos do cordelista. "Também por Dona Lindu / Dona Eurides atendia / Com luta e sacrifícios / Na sua terra vivia / Lutando honestamente / Pelo pão de cada dia", canta o poeta.
Antes de escrever esse livreto sobre a vida do presidente eleito do Brasil, Gonzaga publicou, este ano, cordéis sobre a conquista do penta, um perfil do médico Eduardo Miranda e uma homenagem a Patativa de Assaré, com quem o garanhuense se identifica. A obra do poeta, muitas vezes desprezada em sua terra, tem chamado a atenção lá fora, tanto que ele já recebeu convites para viajar a Alemanha e Estados Unidos.
"O Matuto que Consquistou o Brasil", pela beleza dos versos, pela simplicidade e pelo momento oportuno em que é lançado, certamente servirá para que se divulgue ainda mais a obra de Gonzaga de Garanhuns, que sobrevive graças ao seu trabalho de vendedor no comércio local. A poesia, no entanto, está no seu sangue e é ela que lhe traz felicidade. No momento, ele está duplamente satisfeito, pela vitória do sentimento popular, nas eleições, e por poder cantar esta vitória nestes versos:
"Esta vitória de Lula / Foi muito bem merecida / Para surgir no Brasil / Melhor condição de vida / E nossa população/ Se sentir mais garantida.
"No sítio Várzea Comprida / Luiz Inácio nasceu / Bem próximo a Caetés / Ali o Lula cresceu / Na dureza do trabalho / Luiz Inácio viveu.
"Nesta época Caetés / A Garanhuns pertencia / Hoje a mesma é cidade / E vive em harmonia / Que nos deu um presidente / Para nossa garantia.
"No Agreste Meridional / Ela está encravada / No agreste pernambucano / A mesma está situada / É uma cidade pequena / Mas é muito apreciada.
"Do seu Aristides Inácio / Da Silva ela era filho / Dona Eurides Ferreira / De Melo foi o seu trilho / Esta sua mãe querida / Deu a ele todo brilho".
O folheto de Gonzaga de Garanhuns já pode ser encontrado na Banca de Revista Avenida, no centro da cidade, ou na G. Guardião, na Avenida Santo Antônio, onde o poeta popular trabalha.

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